Como encarar a Matemática nos concursos militares?
Vários concursos militares estão com inscrições abertas em todo o país. Entre eles se destacam a Escola Preparatória de Cadetes do Exército – Espcex e a Escola Naval.
Muitos jovens de idades entre 15 e 23 anos sonham em seguir a carreira militar e, para isso, estudam bastante para atingir um bom resultado nas famigeradas e temidas provas da área. Mas quando o assunto é dificuldade, uma disciplina se destaca entre os maiores índices reprovação e quantidade de zeros nas seleções militares: a MATEMÁTICA.
Equações, funções, geometria, cálculo, regras de três, fórmulas de Bhaskara... Não há quem consiga explicar porque estes e todos os outros termos matemáticos assustam e confundem tantos alunos.
Há quem diga que a matemática se distingue de outras disciplinas porque ela demanda atenção e concentração integral. E também por ser sequencial, ou seja, se um assunto não foi bem aprendido em determinado tempo, tal fato cria dificuldades para o aprendizado de assuntos posteriores. Na preparação para concursos militares, esta concepção de “sequencia” toma ainda mais forma, pois, geralmente, essas provas cobram um conteúdo programático muito extenso, como o que é passado no ensino médio e fundamental inteiros.
Para o professor de matemática do Colégio Militar de Juiz de Fora e do Curso Preparatório Apogeu, Marcelo Damasceno Marangon, “existe um estigma que coloca a matemática como a disciplina mais temida em provas de concurso”. Segundo ele, a maioria das provas realmente não é fácil, mas uma preparação adequada é a saída para o sucesso. “Essa preparação deve começar muito antes do concurso: no ensino fundamental e médio na escola, construindo uma base de conhecimentos para o futuro”, ressalta ele.
O alto padrão de cobrança da disciplina de matemática por parte da maioria dos concursos militares, quando comparados aos vestibulares tradicionais, é uma verdade irrefutável. Damasceno destaca que “os problemas clássicos e trabalhosos ainda mantém seu espaço dentro das provas, resistindo a uma perigosa tendência de contextualização que ocorre atualmente”.
Foco nos estudos
Ainda segundo ele, a carga horária de estudos pode ser específica para cada aluno e muda de acordo com o nível da prova: “Para concursos como ITA/IME, por exemplo, uma carga aconselhável seria de 15 a 20 horas semanais de estudo individual, dependendo da dificuldade do estudante”.
O conteúdo cobrado
A extensão do conteúdo previsto nos editais dos concursos militares é capaz de assustar muitos candidatos. As provas de matemática são, em sua maioria, objetivas e envolvem todo o conteúdo do ensino médio. Porém, Damasceno acredita que os assuntos normalmente concentram-se em áreas específicas: “A parte de álgebra, como funções, equações e combinatória, por exemplo, e geometria (plana e espacial) são sempre cobradas. Atualmente, outro um assunto que também tem aparecido muito nas provas é a lógica matemática”, indica ele.
Dica do mestre: dedicação, concentração e... paciência!

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